sexta-feira, 8 de maio de 2009

MAR DO TERROR



O ano é 1591. É noite de natal em Santos no litoral paulista, já é noite e na Igreja cerca de 300 moradores estão participando da missa do Galo. Parecia uma noite tranquila como qualquer uma de Natal, ledo engano, de repente a celebração é interrompida ao som de tiros, aos gritos e pedido de socorro em vão os moradores tentam se proteger. Eles nem imaginavam, mas estavam sendo alvo do temido Thomas Cavendish, pirata inglês que aportara alguns dias antes com seus cinco navios na costa brasileira. O lugarejo foi tomado e totalmente saqueado, não satisfeitos, os piratas ainda atearam fogo na Vila de São Vicente espalhando o terror na região.
Século XXI, o cenário é outro: a costa leste da África, as armas usadas também mudaram : as espadas foram trocadas por metralhadoras ak 47, capaz de disparar 600 tiros por minuto e lança foguetes Rpg 7. A velha bússola sai de cena e entra o moderno Gps. O alvo não são mais os baús de tesouro, mas sim navios superpetroleiros na sua maioria, que por sua estrutura navegam mais lentamente e são mais baixos , medem três metros e meio acima da linha do mar. Saquear a carga seria viável para estes piratas de um dos países mais pobres do Mundo, a Somália? Evidente que não, eles tomam o navio de sequestro e pedem o resgate. Estima-se que essas ações já tenham rendido 150 milhões de dólares aos piratas dos tempos modernos.
O Mundo parece acordar pra esta tragédia que acontece diariamente e tenta tomar providências. A recente morte de três desses piratas ao tentarem assaltar um navio e sequestrar seu capitão foi destaque na mídia, mas será que uma atitude dessas não irá trazer piores consequências? A saída parece passar por restituir o governo naquele país que vive mergulhado na anarquia desde 1991, quando milícias derrubaram seu ditador. Os piratas de ontem e os de hoje e as mesmas sensações : insegurança , medo e terror.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Operação Manzuá prossegue em São Luis


Uma cidade desordenada onde qualquer pessoa se apropria do espaço público e faz dele o que bem entende. Essa é São Luis que por muito tempo por inoperância dos seus gestores, mais precisamente da Secretaria de Urbanismo deixou que a cidade virasse essa casa da mãe joana onde ninguém se entende e faz do público, a extensão do seu quintal.

Quantas vezes você já não passou pelo desprazer depois de uma semana de trabalhos e estudos e no seu horário de lazer ir a uma praia de São Luis e chega um cidadão (se é que podemos chamar de cidação) com seu carro transformado em trio elétrico e coloca o som as alturas , obrigando todos a ouvir e geralmente um repertório de péssimo gosto.

Da mesma forma, em operação desse último final de semana na Av.Litorânea onde o passeio público aos poucos foi sendo privatizado, e todos acham que podem se munir de seus apetrechos e montar uma banca e comercializar produtos de qualquer forma, os donos de bares por outro lado, colocam cadeiras sem a menor cerimônia na pista de cooper, atrapalham a passagem das pessoas e causam vários transtornos. Os comerciantes da litorânea alegam desconhecimento, mas foram sim avisados em muitas reuniões.

Os fiscais no entanto precisam ter um melhor trato com os cidadãos na hora de executar a ordem, boas maneiras sempre são bem vindas e a truculência pode e deve ser evitada.

A operação Manzuá como sugere seu nome, não pode deixar passar nada e há muita coisa que ainda precisa ser feita. A cidade ainda tem leis e elas precisam ser obedecidas, custe o que custar.

Por Samir Ewerton
Estudante de Comunicação UFMA
5º Período
samirdj@gmail.com